quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Alfabetização




Cada criança tem o seu tempo. Você já deve ter escutado isso muitas vezes na ansiedade de saber quando o seu filho engatinharia, daria os primeiros passos, começasse a falar... A alfabetização não é diferente, e também é preciso perceber e levar em conta o interesse dela pelo universo das letras -- tanto faz se ele surgir aos 3 ou aos 6 anos. Não há necessidade de comprar um alfabeto de EVA e mostrar todo dia ao seu filho, mas também não precisa fazer cara de paisagem se ele perguntar com que letra começa o seu nome antes mesmo de iniciar a alfabetização. É saudável que essa curiosidade parta da criança e não há motivos para podar.

“As famílias precisam conversar mais e ficar menos tempo em frente às telas. A oralidade é a primeira fase da escrita. Quando a criança é incentivada a falar e a se expressar, o processo da alfabetização fica mais fácil”, aponta Gisela Wajskop, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e colunista da CRESCER. Gisela ressalta também o valor da leitura. “Na maioria dos países desenvolvidos e com bons modelos de educação, como Austrália, Nova Zelândia, Finlâdia e Canadá, a expectativa de alfabetização é entre 6 e 7 anos, isso porque há muito incentivo à leitura desde cedo. Na escola, os professores leem muito. Em uma sala de educação infantil, há mais de 100 títulos à disposição dos alunos”, conta.

Um estudo do Centro Norueguês de Leitura da Universidade de Stavanger mostrou a importância de ler em casa desde os primeiros anos de vida da criança para a aquisição da leitura e da escrita formais na escola.Os pesquisadores analisaram as habilidades de 1.171 alunos da primeira série (crianças que completam 6 anos) e entrevistaram os pais para saber com que frequência e quanto liam para os filhos, desde quando faziam isso e qual era o número de livros infantis que tinham em casa. Os resultados indicam que, quanto mais significativo é o livro na vida das crianças desde pequenas, mais preparadas elas estarão para aprender a ler e escrever.




Fonte: Revista Crescer

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